quarta-feira, outubro 24, 2007

Teoria da Criação

Ao contrário do velho axioma "na natureza nada cria, nada se perde,
tudo se transforma, a teoria da evolução nos diz que novas coisas são
criadas a partir das antigas ao longo do tempo.

Se me lembro bem, a teoria de Darwin presume que essas criações são
não intencionais, isto é, aleatórias por mutações genéticas,
sobrevivendo aquele que, por casualidade, se tornou mais apto.

No entanto, dados empíricos contradizem esse axioma. Os homens morrem
mais cedo e em maior número que as mulheres, e estranhamente, nascem
em maior número.

A teoria que proponho, coerente com Einsten, de que "Ele nãio joga
dados" e com o conceito grego de Gaia, é que as coisas novas são
criadas a partir do desejo premeditado das coisas anteriores, isto é,
se voltarmos absolutamente no tempo, "o vazio cansou-se de ser vazio,
e desejou alguma coisa".

Esta coisa criada desejou outra coisa, e dos desejos conjuntos são
criadas novas coisas. Dessa forma, os objetos, coisas, átomos, etc do
universo influenciam-se mutuamente (fisíca quantica?) no tempo
presente, pela observação do ambiente, e preparam o futuro, também não
a partir da realidade do presente, mas da percepção.

O vazio se percebia vazio, mas não era vazio porque foi capaz de criar
alguma coisa.
Uma brincadeira que faço é que primeiro existiu a mulher, o sexo
femino, capaz de reproduzir a si mesma, mas enjoada de ver somente a
si mesma (uma espécie de narcisismo ao contrário), criou o homem (o
outro) para divertir-se.

Em resumo, as mutações no universo não são derivadas do aleatório, mas
do desejo e do contexto. É paradoxal falar cientificamente em desejo
das coisas, mas o vento, a chuva e os rios, os terremotos não se
assemelham a formas de vida?

Neste sentido, as lendas indígenas ou estórias infantis não se afastam
muito da realidade, ao atribuírem características de vida a agentes da
natureza.

Até que ponto o rádio foi "descoberto" ou "inventado"? e as
tecnologias modernas? Qualquer desenvolvimento, ou invenção, só pode
realizar-se a partir de determinado contexto, ou conhecimentos
prévios.

É por isso que sou contra as patentes, por exemplo. A teoria é que em
um determinado contexto, qualquer agente (pesquisador ou empreendedor)
pode identificar uma necessidade e buscar satisfazê-la, adicionando um
pouco de sua imaginação à realidade encontrada. Dessa forma, vários
podem encontrar a mesma solução quase simultâneamente (lembrem-se dos
motores à combustão).

A restrição da reprodução do conhecimento por motivos puramente
financeiros é prejudicial ao desenvolvimento da sociedade, pois impede
a ampla disseminação da solução, levando a novos esforços de pesquisa
redundantes, e impedindo assim a alocação dos esforços em novos campos
de pesquisa, atrasando o desenvolvimento da humanidade.

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Alexandre Miguel de Andrade Souza

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