quarta-feira, julho 12, 2017

Quem sou eu?

Quem sou eu?

Eu sou em essência, um sobrevivente nômade.
Sobrevivente em primeiro lugar, 
porque se for preciso eu fico, 
se eu puder eu vou, 
se eu gostar e tiver tempo e oportunidade, 
provavelmente eu volto.

Nasci em um lugar chamado Belo Horizonte, e após 44 anos, ainda estou por aqui.
Mas já morei em Ji-Paraná por alguns anos, e Guarapari, por alguns meses.
Apesar disso e  da humanidade já ter explorado o planeta,
Me considero um explorador.
Existe o mapa que a humanidade conhece,
E existe o que eu conheço pessoalmente,
E o que minha mente conhece.
Minha mente é mais livre que o meu corpo,
Portanto, pelos livros e filmes e pela minha imaginação,
Não só explorei e exploro uma boa parte do mundo,
Quanto uma fatia do universo,
Pelo passado, presente e futuro.

Não é o que faço que me define.
Já fiz muitas atividades,
que a burocracia definiria como profissões.
De catador de rua a agricultor,
de vaqueiro a vendedor,
de balconista a policial,
de estudante a funcionário público,
de técnico a diretor,
de superintendente a coordenador,
em paralelo programador e empreendedor.
Mas minha história mal começou.
Por quê deixar o que faço agora
definir o que sou?

Sou filho, já fui neto, bisneto.
Sou pai, já fui marido,
Quero ser de novo.
Quero chegar a ser avô,
bisavô, e por aí vai.

Já vou avisando
que tenho péssimos hábitos:
Não julgo as pessoas pelas roupas,
e nem pelo que possuem.
Julgo como a mim mesmo,
Pelas suas paixões,
Iguais a mim em todos os direitos e possibilidades
Não enxergo classes sociais
porque já fui pobre, estou remediado e talvez um dia seja rico
desde que não tenha que fazer alguém minguar por isso.
Meu compromisso com os outros é ser leal,
Para que possa ser fiel a mim mesmo.

A vida para mim é muito curta,
minha meta no final da adolescência
já era viver 140 anos.
Se eu puder, viverei mais,
O limite é a eternidade,
Mas nada é garantido,
Talvez nem o próprio universo seja eterno,
Nos cabe aproveitar o que puder.

Um outro defeito,
é que planejo,
mas não alcanço metas
a qualquer custo.
Às vezes é preciso dar tempo,
outras reduzir escopo,
e como último recurso,
pode ser necessário abandonar a meta,
pois é preciso saber priorizar.
A saúde vem em primeiro lugar,
Conhecimento vem a seguir,
É preciso trabalhar,
Para se adaptar e não enferrujar.
Dinheiro só é importante,
para manter a vida girando,
e não para virar bytes
no computador de um banco.


O que eu espero para o futuro?
Conhecer mais pessoas e lugares,
E se possível fazer vidas melhores.
Quero prolongar a vida,
Explorar o universo,
Ignorar o tempo,
E especialmente,
Saborear a vida.