domingo, outubro 05, 2025

A Teoria do Poder

 A teoria do Poder



Você já se perguntou: o que é o Poder? Eu defino para mim mesmo que o poder “é a capacidade de influenciar o ambiente”. 

E essa definição é para mim como a lei da gravidade: todos nós temos alguma capacidade de influenciar o ambiente. 

Algumas pessoas vão ter mais, outras menos, os efeitos podem ser mais positivos ou mais negativos, mas todos nós temos:

 a) a capacidade de influenciar e 

b) alguma influência 


A partir disso temos alguns pontos interessantes para explorar:

  1. quais os tipos de influência

  2. como usar essa influência

  3. como aumentar essa influência



Trator

Algumas pessoas, seja por estilo, posição, ou em alguns momentos, tendem a querer impor a sua vontade, mesmo contra o interesse ou a vontade alheia. O foco é a vontade ou o interesse daquele que exerce o poder. 


Convencimento

Essa é uma forma ou estratégia de poder, que busca entender o ponto de vista e os interesses do outro, e busca convencer o outro de que o que está sendo apresentado é de interesse dele. 


Sedução

Essa é uma forma que busca entender as necessidades emocionais do outro, e busca ‘encantá-lo’, fazendo se sentir bem. 


Referência ou Exemplar

Essa é uma forma que se apresenta pela organização e divulgação de ideias e ideais que podem ser escolhidos por outros para moldar seu próprio comportamento. Religiões, ciência, e comportamentos de outros indivíduos no mesmo ambiente podem influenciar escolhas de cada pessoa.

Do ponto de vista pessoal, isso quer dizer que mesmo que você não tenha intenção, suas ideias, seu comportamento podem estar exercendo influência no comportamento de outras pessoas, seja para o bem ou para o mal.



Como usar


Às vezes podemos ter a ilusão de que o que fazemos não tem a menor importância. 

Mas imagine que seu ambiente é como um bordado: cada ponto influencia na aparência, e mesmo que você se sinta apenas um ponto, o modo como você age influencia o seu ambiente. 

Isso me leva à reflexão que meu comportamento influencia minha família, meus amigos e colegas de trabalho, e eventualmente vizinhos e pessoas aleatórias que encontro no dia a dia. 




Outra reflexão que nosso comportamento como comunidade ou sociedade, é a soma ou conjunto de comportamentos individuais, então se eu me comporto melhor, isso por si só já ajuda a melhorar o comportamento do grupo, comunidade ou sociedade. E se meu comportamento influenciar pelo menos um pouco outras pessoas a melhorarem o comportamento, o grupo também irá melhorar. 


Mas ‘melhorar’ tem um aspecto muito subjetivo: O que pode ser ‘melhor’ para um pode não ser ‘melhor’ para outro. O que pode ser ‘melhor’ em uma época ou circunstância pode não ser melhor em outra. 


Então precisamos pensar nesse conceito de “melhor”.  Quanto maior o grupo ou sociedade, ou se formos pensar em termos de humanidade, mais opiniões divergentes sobre o que é melhor podemos ter. 


Mas talvez possamos concordar em alguns pontos básicos:

  1. entender que outras pessoas podem ter histórias, opiniões, comportamentos e interesses diferentes, e que pelo menos em boa parte das vezes está tudo bem

  2. perceber que o fato do outro ser diferente não impede que possamos agir para influenciá-lo a agir também para pontos de interesse comum

  3. entender que também existem limites na nossa capacidade de influenciar

  4. que determinadas estratégias e ações podem ser mais eficazes para uma pessoa enquanto outras serão necessárias para  outra pessoa

  5. Que em muitas coisas não vamos conseguir influenciar e apenas temos que adequar nosso comportamento àquela realidade. (vocẽ pode não conseguir convencer seu chefe a aumentar o seu salário, então busque novas oportunidades). Aceitar que não pode convencer o outro não é o mesmo que aceitar que não pode mudar sua própria realidade, mas apenas que você precisa de novas estratégias. 


Chegamos à conclusão de que o maior poder que você pode desenvolver é o de observar a realidade, entender as circunstâncias e as pessoas, com seus pontos de vista, interesses e comportamentos, e obter conhecimento para alterar seu próprio comportamento para lidar com esse ambiente. 

Qualquer poder que você possa vir a ter vem primeiro de adequar o seu próprio comportamento a um ambiente específico


segunda-feira, outubro 16, 2023

A cultura da zoação como reflexo da imaturidade

 A cultura brasileira valoriza muito a 'zoeira', definida como rir dos erros dos colegas. 

Na minha percepção, rir do erro de alguém é reconhecer que ele falhou ou vai falhar em algo que também falhamos.

Então, se há um objetivo, e alguém que conhecemos falhou nele, e nós também falhamos, tendemos a rir dele, como dizendo internamente: tudo bem ele ter falhado, eu também falhei, então está 'tranquilo'. 

Mas uma coisa interessante e diferente acontece quando somos a pessoa que conseguiu atingir e superar aquele objetivo: nossa resposta interna não é mais rir da pessoa, mas lembrar dos passsos que demos e do esforço que fizemos para alcançar e passar aquele objetivo.  E de repente percebemos que não estamos rindo da pessoa, mas respeitamos o esforço dela, porque também nos esforçamos para alcançar aquele objetivo, e estamos mais propensos a orientar e apoiar do que simplemente rir. 

Zoar o fracaso alheio é o atestado de que também fracassamos naquele objetivo. 


Proponho o teorema de que, dado um objetivo e exposto o caso de alguém que fracassou em alcançar o objetivo, os que falharam em alcançar esse objetivo zoarão o fracassado, e aqueles que alcançaram ou ultrapassaram o objetivo estarão mais propensos a respeitar o esforço do fracassado, estando mais propensos a orientar o fracassado do que zoar ele. 


Portanto, dada uma situação de fracasso, perdedores irão zoar ou desqualificar o fracassado, e vencedores tenderão a apresentar sugestões pontuais, como ele devia ter feito isso ou aquilo, que poderiam ter conduzido o fracassado ao sucesso. 


Esse aspecto cultural brasileiro revela nossa imaturidade. Para avançar como sociedade, precisamos valorizar o esforço do outro em busca de um objetivo, e respeitar o fracasso dele, pois aparentemente só 'fracassa' quem tenta. Aquele que está tentando, enquanto não desistir, não fracassou. E há maior honra em ter feito seu melhor esforço e ter fracassado do que não ter feito nada. É uma derrota digna. "Fiz o meu melhor mas não consegui".  Nossa imaturidade não nos deixa perceber que o maior fracassado é aquele que nem tenta. Que devemos respeitar aqueles que estão lutando para conseguir alcançar seus objetivos. 





quinta-feira, janeiro 28, 2021

CrateDB - Uma alternativa escalável para o Postgresql

 CrateDB (https://crate.io/products/cratedb/) é um banco de dados que oferece a sintaxe do Postgresql mas é mais escalável e mais rápido

 

 

Para instalar:


    $ bash -c "$(curl -L try.crate.io)"
 
e ele já executará
 
alternativamente,  faça o download  (https://crate.io/download/)  e extraia:
 
    tar -xzf crate-*.tar.gz
    cd crate-* 
 
 execute com 
 
    ./bin/crate    
 
Use a admin UI
 
    http://localhost:4200/ 
 
instale o driver python
 
    pip install crate
 
 
 Conecte à ao nó:
 
    connection = client.connect("localhost:4200")
 
 Databases
O CrateDB não permite a criação de databases, então usa schemas 
 
isslocation.py: (de https://crate.io/docs/crate/tutorials/en/latest/generate-time-series/python.html)
 
 
 
import time

import requests
from crate import client


def position():
    response = requests.get("http://api.open-notify.org/iss-now.json")
    position = response.json()["iss_position"]
    return f'POINT ({position["longitude"]} {position["latitude"]})'


def insert():
    # New connection each time
    try:
        connection = client.connect("localhost:4200")
        print("CONNECT OK")
    except Exception as err:
        print("CONNECT ERROR: %s" % err)
        return
        
    try:
        cursor.execute(
            "INSERT INTO iss (position) VALUES (?)", [position()],
        )
        print("INSERT OK")
    except Exception as err:
        print("INSERT ERROR: %s" % err)
        return


# Loop indefinitely
while True:
    insert()
    print("Sleeping for 10 seconds...")
    time.sleep(10) 
 
    cursor = connection.cursor() 


listar databases:

    select datname from pg_database;

ou 

    show schemas;

crie um novo schema (database) criando uma nova tabela

   

create table my_schema.my_table (
   pk int primary key,
   label text,
   position geo_point
);

Para excluir uma 'database' ou schema exclua as tabelas. ao excluir a última tabela o schema será removido


    drop table my_schema.my_table;


outro exemplo, apenas para criar uma database (schema)

create table my_new_db.empty (
   id int primary key
);
 
    drop table my_new_db.empty;
 
 Não é possível usar com o PyDAL porque o cratedb não tem suporte ao tipo Serial e não tem autoincrement 

domingo, maio 03, 2020

Covid 19 e as possíveis mudanças em nossas vidas

Com a chegada do Covid-19, muitas coisas estão mudadas em nossas vidas.
Até que seja encontrada uma vacina, muitas coisas poderão mudar para sempre.

O ponto central dessa mudança é o fato que que ainda não foi comprovado que quem já teve a doença desenvolve imunidade. Se não há imunidade, todos os ambientes em que há aglomeração de pessoas serão evitados. Amplos ambientes com ar condicionado e multidões dentro ficarão abandonados, ou terão que sofrer reformas para adequar não somente o uso, como a engenharia de circulação de ar.

Nossa vida será cada vez mais virtual, e com menos oportunidade de encontros pessoais. As máscaras podem se tornar um novo normal. Festas terão que ser reinventadas: são pequenos encontros.


sábado, agosto 05, 2017

A pergunta do dia

Quem será o vice de Lula e quais partidos farão parte da coligação de esquerda em 2018?

quarta-feira, julho 12, 2017

Quem sou eu?

Quem sou eu?

Eu sou em essência, um sobrevivente nômade.
Sobrevivente em primeiro lugar, 
porque se for preciso eu fico, 
se eu puder eu vou, 
se eu gostar e tiver tempo e oportunidade, 
provavelmente eu volto.

Nasci em um lugar chamado Belo Horizonte, e após 44 anos, ainda estou por aqui.
Mas já morei em Ji-Paraná por alguns anos, e Guarapari, por alguns meses.
Apesar disso e  da humanidade já ter explorado o planeta,
Me considero um explorador.
Existe o mapa que a humanidade conhece,
E existe o que eu conheço pessoalmente,
E o que minha mente conhece.
Minha mente é mais livre que o meu corpo,
Portanto, pelos livros e filmes e pela minha imaginação,
Não só explorei e exploro uma boa parte do mundo,
Quanto uma fatia do universo,
Pelo passado, presente e futuro.

Não é o que faço que me define.
Já fiz muitas atividades,
que a burocracia definiria como profissões.
De catador de rua a agricultor,
de vaqueiro a vendedor,
de balconista a policial,
de estudante a funcionário público,
de técnico a diretor,
de superintendente a coordenador,
em paralelo programador e empreendedor.
Mas minha história mal começou.
Por quê deixar o que faço agora
definir o que sou?

Sou filho, já fui neto, bisneto.
Sou pai, já fui marido,
Quero ser de novo.
Quero chegar a ser avô,
bisavô, e por aí vai.

Já vou avisando
que tenho péssimos hábitos:
Não julgo as pessoas pelas roupas,
e nem pelo que possuem.
Julgo como a mim mesmo,
Pelas suas paixões,
Iguais a mim em todos os direitos e possibilidades
Não enxergo classes sociais
porque já fui pobre, estou remediado e talvez um dia seja rico
desde que não tenha que fazer alguém minguar por isso.
Meu compromisso com os outros é ser leal,
Para que possa ser fiel a mim mesmo.

A vida para mim é muito curta,
minha meta no final da adolescência
já era viver 140 anos.
Se eu puder, viverei mais,
O limite é a eternidade,
Mas nada é garantido,
Talvez nem o próprio universo seja eterno,
Nos cabe aproveitar o que puder.

Um outro defeito,
é que planejo,
mas não alcanço metas
a qualquer custo.
Às vezes é preciso dar tempo,
outras reduzir escopo,
e como último recurso,
pode ser necessário abandonar a meta,
pois é preciso saber priorizar.
A saúde vem em primeiro lugar,
Conhecimento vem a seguir,
É preciso trabalhar,
Para se adaptar e não enferrujar.
Dinheiro só é importante,
para manter a vida girando,
e não para virar bytes
no computador de um banco.


O que eu espero para o futuro?
Conhecer mais pessoas e lugares,
E se possível fazer vidas melhores.
Quero prolongar a vida,
Explorar o universo,
Ignorar o tempo,
E especialmente,
Saborear a vida.

quarta-feira, junho 07, 2017

Plano de Governo Brasil 2019-2022

Este post é um exercício. Está sujeito a ajustes no período.

a) Contexto

O Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes, IDH 0,754 (79 no ranking), R$ 6,266 trilhões em 2016, PIB per capita ficou em R$ 30.407 – uma redução de 4,4%. O indice de Gini — chegou a 0,5229 no ano passado, alta de 1,6% em relação ao ano anterior. A taxa de desemprego chegou a 13,7% no primeiro trimestre de 2017. 

b) Propostas 

Ajuste das finanças públicas: 
1) Eliminação da remuneração do depósito compulsório que os bancos fazem ao Banco Central
ver http://www.valor.com.br/financas/2525808/remuneracao-sobre-compulsorio-de-deposito-prazo-caira-mais-devagar
A eliminação dessa remuneração deve destravar mais de 300 bilhões de reais anuais ao orçamento público federal, a serem alocadas nas prioridades abaixo:

2)  Desenvolvimento local

A fim de reduzir o desemprego e a desigualdade, devem ser identificados os 'bolsões de miséria', bairros e regiões com alto desemprego e baixa renda, e fornecidos empréstimos e serviços públicos para que em um raio de 2 km cada cidadão tenha escola, posto de saúde, comércio, lazer, serviços e trabalho.