sábado, julho 28, 2007

Posição de Estoque do Dia


Soluções - Temos algumas, mas podem não atender à suas necessidades. Nestes casos, conhecendo-as  melhor, podemos providenciar sob medida.

Problemas - Temos vários, de diversos tipos. Podemos lidar com alguns tipos diretamente, mas nos outros tipos  temos que encaminhar à(s) pessoa(s) competente(s) para resolvê-los.

Sugestões - Nosso estoque está muito baixo. Solicitamos a quem tiver alguma por aí, que nos encaminhe para que possamos melhorar o atendimento a todos.

Reclamações - Devido a problemas no nosso sistema de informação, não sabemos quantas temos. Dessa forma, se alguém estiver de posse de alguma, favor passar no nosso setor  para atualizar o cadastro.

Leitura de pensamento - Infelizmente, este item está em falta no mercado. Portanto, informamos que nos limitamos a atender à demanda com itens mais abundantes, como pedido verbal, por escrito, telefone ou email.



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Alexandre Miguel de Andrade Souza

sexta-feira, julho 27, 2007

Idéia + esforço

Resultado = 1% de idéia + 99% de transpiração

idéia errada + esforço = enxugar gelo

ideia correta + esforço = esforço mínimo

idéia mais ou menos correta + esforço = dobro do trabalho

Fica a pergunta retórica:

Onde concentrar primeiro?

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Alexandre Miguel de Andrade Souza

terça-feira, julho 24, 2007

Boa Piada, mas é para refletir

Jesus Cristo resolveu voltar a Terra... E decidiu vir vestido de médico!
Procurou um lugar para descer, escolheu no Brasil um posto de saúde do sistema SUS.
Viu um médico trabalhando há muitas horas e morrendo de cansaço.
Jesus, então, entrou de jaleco, passando pela fila de pacientes no corredor,
até atingir o consultório médico.
Os pacientes viram e falaram: - Olha aí, vai trocar o plantão.
Jesus Cristo entrou na sala e falou para o colega que podia ir que Ele iria

Tocar o ambulatório dali por diante.
E, todo resoluto, gritou:
O PRÓXIMO.
Entrou no consultório um homem paraplégico em sua cadeira de rodas.
Jesus Cristo levantou-se, olhou bem para o aleijado, e com a palma da mão
direita sobre sua cabeça disse:
LEVANTA-TE E ANDA!
O homem levantou-se, andou e saiu do consultório empurrando a própria cadeira de rodas.
Quando chegou ao corredor, o próximo da fila perguntou:
E aí, como é esse Doutor novo?
Ele respondeu: - Igualzinho aos outros... Nem examina a gente!

Para refletir:
TEM GENTE QUE JÁ RECEBEU O MILAGRE, MAS NEM SE TOCA, POIS SÓ VIVE PRA
RECLAMAR, E ENCONTRAR DEFEITO ATÉ NAS COISAS MAIS PERFEITAS DESSA VIDA
!


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Alexandre Miguel de Andrade Souza

segunda-feira, julho 23, 2007

O valor da sustentabilidade

O valor da sustentabilidade
 | 12.07.2007

Empurradas por fornecedores, clientes e bancos, as pequenas e médias empresas que querem continuar vivas nos próximos anos colocam preocupações como aquecimento global e transparência na gestão na essência de suas estratégias

 

Raul Junior

Wilson Poit, da Poit Energia: a empresa evitou transtornos ambientais e livrou seus clientes de multas

Por Vinícius Romanini

EXAME 

Na recepção iluminada por amplas janelas de vidro, casais se espalham em sofás de madeira com almofadas de algodão cru. No restaurante, vasos revestidos de folha de bananeira abrigam espécimes da flora brasileira. Enormes bolas de fibra natural trançada descem do teto ao lado de paredes feitas de resíduos de pedreiras. Parece um hotel ecológico da Amazônia ou do Pantanal, mas é, na verdade, a Ecofit, uma academia de ginástica localizada numa das áreas mais urbanizadas de São Paulo.

Inaugurada em 2005 pelos irmãos Antonio e Eduardo Gandra, de 39 e 41 anos, a Ecofit obedece a critérios ambientais na arquitetura e no funcionamento. Além de aproveitar a luz solar, as janelas têm um sistema de ventilação natural. Boa parte dos materiais, como a madeira dos móveis e pisos, tem certificação de procedência. Um tanque recolhe água da chuva e dos banhos para aproveitá-la na descarga dos banheiros. "É um modelo de negócios diferente de tudo que existia no setor", afirma Antonio Gandra. A proposta de fazer exercícios num lugar arejado e iluminado agradou. Em pouco mais de um ano, mais de 2 000 alunos se matricularam, o que gerou um faturamento de 4,8 milhões de reais. Para 2007 a meta é 6 milhões de reais -- o que pode ser considerado muito bom num setor com marcas fortes, como Competition e Companhia Athletica.

Os irmãos estão prestes a obter um empréstimo de 10 milhões de reais para construir uma filial. Eles foram bater na porta de bancos como Real, Unibanco e Safra, que têm políticas de crédito específicas para pequenas e médias empresas com boas práticas socioambientais. Com o projeto e os resultados obtidos até agora, é possível conseguir uma redução nas taxas normalmente cobradas no mercado ou ter acesso a linhas especiais do BNDES e do Banco Mundial.

As chances de a Ecofit conseguir alguma vantagem são consideradas boas. Antes de conceder empréstimo a uma empresa nova, os bancos examinam a operação em busca de sinais que indiquem a capacidade de honrar compromissos no futuro. Por trás da aparência de pousada do interior da Ecofit está uma operação engenhosa. A iluminação dos janelões, por exemplo, representa 15% menos na conta de luz. Juntando todas as economias previstas no projeto, o custo operacional fixo é 4% menor do que numa academia convencional. Com gastos sob controle, a Ecofit consegue cobrar mensalidades até 30% abaixo da média do setor, o que a torna mais competitiva.

A Ecofit é um exemplo de uma tendência que vem se afirmando com força entre as pequenas e médias empresas que pretendem estar vivas nas próximas décadas -- a de que seus negócios precisam incorporar o conceito de sustentabilidade.

Sustentabilidade -- o que essa palavra realmente significa?

"Sustentabilidade se refere à perenidade de um negócio", diz Roberto Gonzalez, diretor da The Media Group, consultoria especializada nesse conceito. Perenidade, hoje em dia, depende de uma porção de fatores que vão muito além de lucro. É preciso ter lucro, sim -- mas sem prejudicar o que está ao redor. Produtos que dependem de fontes de energia não renováveis, como petróleo, estão em perigo. Fabricantes de alimentos que contribuem para a obesidade estão vendo suas receitas encolherem. Empresas com demonstrações contábeis herméticas são repelidas pelos bancos. O relacionamento com fornecedores, a atenção aos funcionários -- tudo está em discussão.

É difícil precisar em que momento a sobrevivência dos negócios, tendo o meio ambiente e a responsabilidade social como pano de fundo, ganhou o senso de urgência de agora. Um marco está na descoberta de que os efeitos do aquecimento global podem ser mais drásticos do que os cientistas acreditavam e de que o homem está acelerando o fenômeno. O planeta esquenta, com conseqüências nos negócios das pequenas e médias empresas, que se vêem diante de novas regulamentações e novos critérios para financiamentos.

O calor da discussão parece ter atingido a temperatura máxima num momento que a competição deixou de ser entre empresas isoladas para dar-se entre cadeias produtivas. A nova ordem tem impacto direto nas pequenas e médias empresas. "Hoje, a expansão depende muito da inserção delas nessas cadeias como clientes ou fornecedoras de grandes empresas", diz o pesquisador Reinaldo Dias, autor do livro Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade.

Acontece que a sustentabilidade das grandes empresas também está sendo questionada. Seus acionistas querem saber se elas correm o risco de se desvalorizar, acuadas por passivos ambientais ou porque suas marcas podem ser acusadas de conivência com comportamentos duvidosos de fornecedores. "O risco de não adotar práticas sustentáveis está ficando maior do que o custo de adotá-las", diz Christopher Wells, superintendente de risco socioambiental do banco Real.

O engenheiro paulista Wilson Poit, de 48 anos, dono da Poit Energia, especializada em locação de geradores para empresas e eventos, percebeu isso anos atrás. Ele enxergou uma oportunidade ao oferecer num só pacote o que antes era adquirido de fornecedores dispersos -- um para o gerador num evento, outro para os cabos etc. Ao juntar tudo, Poit viu um problema: a tremenda poluição que esses eventos costumam provocar. Boa parte deles é um inferno ambiental. Os geradores são imundos, derramam óleo no local e o ruído dos motores é ensurdecedor. "Muitas empresas que patrocinaram eventos pagavam multas por barulho ou sujeira", diz Poit. "Desde o começo entendi que o crescimento da empresa dependeria de uma forte preocupação ambiental."

Os geradores da Poit ficam dentro de um contêiner à prova de som e os funcionários seguem procedimentos rígidos para dar um destino correto ao lixo produzido nesses eventos. Mesmo com preços 10% maiores que os da concorrência, a Poit conseguiu grandes clientes, como Rede Globo, Petrobras e Pfizer. "Preferimos pagar mais por um serviço completo", afirma Gercino Moraes, responsável pelo departamento de engenharia e manutenção do laboratório farmacêutico Pfizer. "Não queremos problemas com meio ambiente nem com poluição sonora."

O modelo de negócios da Poit vem, até agora, mostrando- se sustentável, com taxas de expansão de 30% ao ano. Em 2007, o faturamento deve atingir 30 milhões de reais. Nos últimos tempos, Poit foi procurado por fundos de investimento e outras empresas interessadas em parcerias. "Penso em abrir o capital até 2010", diz. "E tenho certeza de que os investidores vão dar preferência a negócios sustentáveis."

Empresas jovens, como a Ecofit e a Poit, nasceram com a sustentabilidade incorporada ao DNA. Mas e as outras? Por onde começar a se ajustar? Para Marco Fujihara, do Instituto Totum, consultoria especializada em sustentabilidade empresarial, a tarefa começa com um combate às ineficiências. É possível reduzir o consumo de energia e água? É possível substituir matérias-primas não renováveis por outras renováveis? Há alguma etapa do processo de produção que traz risco de saúde a clientes ou funcionários? Quais são os riscos de não monitorar a relação da empresa com o mundo externo? "Questões como essas fazem o empreendedor enxergar formas novas de reorganizar o negócio", diz Fujihara.

Responder a uma pergunta freqüentemente leva a conclusões inesperadas. Foi assim com o paulista Lito Rodriguez, de 39 anos, que inovou ao criar a Dry Wash, rede que lava carros a seco. Em 1994, ele identificou uma oportunidade. "Imaginei um serviço de conveniência em que o carro seria limpo enquanto o cliente fazia outra coisa", diz Rodriguez. No início, seus lava-rápidos usavam água, mas isso logo se revelou um entrave. "É preciso uma área ampla e encanamento próprio, onde dê para acomodar os grandes equipamentos que o uso de água requer." Onde encontrar grandes áreas em pontos movimentados de São Paulo a preços razoáveis? A solução foi eliminar a água do processo.

Com uma batedeira emprestada da sogra, um liquidificador e um aparelho de triturar legumes, ele testou dezenas de misturas de substâncias em busca de uma fórmula para lavar os carros a seco. Também bateu na porta de empresas químicas, institutos de pesquisa e universidades. Algumas vezes foi recebido como maluco. "Um professor da USP me disse que era mais fácil eu montar uma padaria na lua do que lavar carro sem água", diz Rodriguez.

Depois de experimentos frustrados em carros de amigos, o produto ficou pronto. A iniciativa deu origem a uma linha de 40 itens, como polidor e limpador de vidro e de tecido, cuja venda anual atinge cerca de 25 milhões de reais. A rede de lava-jatos cresceu na mesma proporção. Existem 80 unidades com a bandeira Dry Wash pelo país, além de outras 400 operações que usam o produto. A operação própria e as licenciadas devem faturar 27 milhões de reais em 2007.

O modelo de negócios que não depende de água -- recurso que pode ficar escasso e caro num futuro não tão distante -- ajudou a Dry Wash a obter um empréstimo do Banco Mundial no ano passado, com prazo de sete anos, dois de carência e taxa de juro anual de 8%. "O custo dobraria num financiamento tradicional", diz Rodriguez. O dinheiro está sendo aplicado em sistemas de ventilação nas lojas e na instalação de luminárias que consomem 70% menos energia. Os ajustes são parte de uma estratégia que prevê franquias no exterior, exportação e abertura de capital.

Quando isso acontecer, é possível que o mercado veja com simpatia a proposta de uma empresa que não joga água fora. As maiores bolsas do mundo, como a de Nova York e a de Londres, já adotam índices que consideram o uso de recursos naturais para medir o grau de sustentabilidade das empresas com papéis comercializados em seus mercados. "As que têm boas práticas ambientais tendem a representar mais valor para os acionistas", diz Altair Assumpção, superintendente para middle market do banco Real.

Para provar que seus riscos ambientais são controlados, essas empresas exibem certificados de que seus processos foram formatados para evitar acidentes ecológicos e de que suas práticas são socialmente aceitáveis. O Brasil já faz parte dos mercados que medem a sustentabilidade das companhias abertas. A Bovespa possui um questionário para essa aferição. As 40 empresas com as práticas mais avançadas formarão um ranking. "As pequenas e médias empresas que pretendem abrir o capital devem se preparar para essas exigências", diz João Batista Fraga, superintendente de relações com empresas da Bovespa.

Agir hoje com o pensamento no amanhã é, no fundo, a essência do empreendedorismo -- quem for capaz de enxergar antes o que será relevante está no caminho de ter negócios sustentáveis. Nesse grupo está Alexandre Salles, de 38 anos, dono do Moinho Santa Lúcia, empresa cearense de biscoitos e macarrão que deve faturar 60 milhões de reais em 2007. Como quase todas as companhias de seu setor, o Santa Lúcia utilizava gordura trans. Ao contrário de muitos concorrentes, Salles não ficou indiferente às descobertas de que esse tipo de gordura faz mal, nem está esperando alguma lei regular seu uso. Ele se antecipou -- e já substituiu a gordura trans por óleo de palma em 95% dos produtos.

Ao fazer isso, surgiu uma brecha para o Moinho Santa Lúcia avançar num mercado ocupado por marcas poderosas, mas que não haviam mudado suas fórmulas. "O público mais informado e de maior renda começou a comprar nosso biscoito", diz Salles. Em um ano, o faturamento do Moinho Santa Lúcia aumentou 20%. A empresa pretende exportar seus produtos para o mercado americano a partir de 2008 e já obteve a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora que controla os produtos alimentícios nos Estados Unidos.

Os pilares do crescimento sustentável
A perenidade de uma pequena ou média empresa depende de uma estratégia de expansão que atenda simultaneamente a diferentes aspectos.
Veja quais são os principais
Econômico-financeiro
O que está em questão
O crescimento deve vir de produtos e serviços apoiados em modelos de negócios capazes de desenvolver-se no médio e longo prazo. Em vez de receitas pontuais, é melhor dar lugar a fluxos de receitas recorrentes, e lucros imediatos não devem ser obtidos à custa de rentabilidades futuras. A busca de novos clientes não deve prejudicar a manutenção dos consumidores já conquistados
Cadeias produtivas mais vulneráveis
Comércio varejista, financeiras, prestação de serviços, telefonia
O que pode ser feito
Ter um marketing com programas de fidelização de clientes, estabelecer relações duradouras com fornecedores que permitam trabalhar com estoques mínimos, alongar os prazos para o pagamento de dívidas e encurtar os prazos de recebimento de receitas. E — fundamental — manter distância da informalidade
O que deve ser banido
Cortes indiscriminados de custos e que comprometam a manutenção de pessoas talentosas, necessárias ao crescimento sustentável. Malabarismos contábeis que tenham como objetivo fazer os resultados parecerem melhores do que realmente são. Gerar falsas expectativas
Sócioambiental
O que está em questão
Produtos ou processos que causem danos ao meio ambienteou esgotem os recursos naturais estão na berlinda. Empresas inseridas em cadeias produtivas que utilizam mão-de-obra infantil ou que alimentam preconceitos sociais têm pouquíssima chance de ser aceitas no exterior. Preservar a diversidade cultural das comunidades (ou dos locais) onde a empresa está inserida é um requisito cada vez mais observado
Cadeias produtivas mais vulneráveis
Agronegócio, automobilística, madeireiras, mineração, química, turismo
O que pode ser feito
Rever processos para reduzir o consumo de insumos e matérias-primas, ter políticas de reposição ou reutilização de recursos naturais, instalar equipamentos de coleta e tratamento de resíduos que diminuam os custos, adotar projetos de gerenciamento ambiental, incentivar pequenos fornecedores
O que deve ser banido
Ações pontuais, como doações em dinheiro, ou que não tenham a ver com o negócio, como plantar árvores no jardim da empresa. Práticas conflitantes, como utilizar papel reciclado sem que nada seja feito para reduzir seu uso, também devem ser revistas
Saúde e bem-estar
O que está em questão
Cresce o número de investidores que rejeitam empresas de produtos ou serviços nocivos à saúde. Como a ciência sempre pode revelar que algo que se pensava inócuo é, na verdade, perigoso, é preciso monitorar esse risco. Alimentos com ingredientes sob suspeita de agravar problemas de saúde pública, como obesidade, doenças circulatórias e diabetes, podem ser reprovados pelo mercado
Cadeias produtivas mais vulneráveis
Álcool, alimentação, beleza, higiene e limpeza, medicamentos, tabaco
O que pode ser feito
Manter-se informado sobre pesquisas científicas, buscar certificações de procedência, implantar atendimento ao consumidor, ter embalagens, bulas e manuais adequados. Substituir matérias-primas polêmicas mesmo que a legislação não exija. Ser transparente na comunicação de riscos ao público
O que deve ser banido
Serviços de atendimento ao consumidor que não funcionam com eficiência (isso geralmente provoca mais irritação do que não ter serviço nenhum). Em casos de crise, insistir em negar que há suspeitas sobre o produto quando o contrário for público
Governança na gestão
O que está em questão
Sistemas decisórios baseados mais em processos do que na intuição do dono são cada vez mais valorizados por investidores e credores. Conselhos administrativos estão sendo adotados por um número cada vez maior de pequenas e médias empresas. As informações sobre o negócio devem ser claras, objetivas e organizadas em balanços auditados de forma independente
Cadeias produtivas mais vulneráveis
Todas
O que pode ser feito
Implantar sistemas de gestão informatizados que permitam enxergar a empresa como um todo, adotar princípios contábeis que gerem demonstrativos de resultados atualizados e confiáveis, ter código de ética, definir processos de sucessão antes que as crises ocorram
O que deve ser banido
Criar conselhos de fachada, que não se reúnam regularmente, que não tenham poderes reais ou que sejam formados por maus profissionais. Ações demagógicas ou adotar códigos de conduta que não são seguidos sequer pelo dono

A arquiteta Patrícia Totaro, de 40 anos, também viu o futuro antes dos outros em seu ramo de atuação. Atenta à virada ecológica que a economia mundial começou a dar nos anos 90, ela se especializou em prédios ambientalmente sustentáveis. Durante dez anos, Patrícia procurou fornecedores de materiais ecologicamente corretos, como madeiras certificadas de reflorestamento. Depois de conhecer projetos arquitetônicos sustentáveis em várias partes do mundo, Patrícia entendeu que só conseguiria se firmar no mercado se convencesse os empresários de que seus projetos poderiam cortar custos. Foi com essa lógica que ela se aproximou de Antonio Gandra, quando a Ecofit ainda não tinha saído do papel. "O investimento para construir um projeto como a Ecofit fica 5% mais caro que um tradicional", diz Patrícia. "Mas a redução de gastos com água e luz dá esse retorno logo no primeiro ano de operação." O bom resultado da Ecofit deu um empurrão no crescimento da Arquitetura de Resultados, a empresa de Patrícia. Surgiram convites para projetar academias em Palmas, Boa Vista, Belém e até Buenos Aires. Nos últimos meses, ela tem sido procurada também por escolas e clubes. "O custo para construir edifícios ecológicos vem caindo conforme o mercado ganha escala", diz Patrícia. "A madeira de reflorestamento, por exemplo, era 40% mais cara há dois anos."

Uma das razões para que mais pequenas e médias empresas participem da corrida pela sustentabilidade está na maior disponibilidade de recursos. "Há 15 anos, uma empresa tinha de assumir sozinha a maior parte dos custos da mudança para um modelo de negócios sustentável", afirma o especialista Dias. Hoje, empresas menores encontram apoio em entidades do governo, associações e em grandes companhias -- caso de Pão de Açúcar e Basf -- interessadas em fortalecer os laços com fornecedores e clientes de menor porte.

Cresceu também a colaboração entre as próprias empresas menores. Segundo Dias, existem hoje 180 clusters de pequenos negócios empenhados em defender seus mercados. Um deles é formado por estabelecimentos de turismo da Estrada Real, um percurso seguido por tropeiros que levavam ouro de Minas Gerais para o Rio de Janeiro durante o período colonial. O caminho é hoje um roteiro ecoturístico que atrai praticantes de trekking e mountain-bike e jipeiros. Na última década, a Estrada Real sofreu com o acesso descontrolado. Sem estrutura para receber tantos visitantes, havia trechos com lixo e riachos poluídos. Trechos da mata original foram destruídos para a construção de bares e restaurantes, e placas de propaganda estragavam a paisagem. Desde o ano passado, 250 empreendimentos que dependem desse pólo turístico juntaram-se para dividir custos de ações como coleta seletiva de lixo e instalação de usinas para tratamento de resíduos. Agora, os hotéis estão pedindo a empresas como Unilever e Johnson & Johnson que lhes forneçam certificados atestando que seus produtos são biodegradáveis.

O projeto ganhou apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que vai investir 3 milhões de dólares na Estrada Real até 2008. "A intenção é transformar a Estrada Real num destino para o turista europeu", afirma Jean Pierre Sensevy, especialista em turismo sustentável do BID. "A lógica é atrair turistas que paguem mais por qualidade de serviços e natureza preservada." A divulgação da Estrada Real no exterior começa a ser feita no próximo ano, na Espanha.

Nenhuma estratégia de sustentabilidade está completa se não abranger práticas de gestão que permitam a uma pequena ou média empresa depender menos de um empreendedor genial e mais de processos. "Um dos maiores problemas das empresas menores está na organização de suas informações", diz Alexandre di Miceli, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. "Elas devem ser precisas e claras."

O empresário Wolfgang Rudolph, de 53 anos, vem colocando essa crença em prática. Ele herdou a catarinense Rudolph, empresa que faz serviços de usinagem industrial para o setor automobilístico. No acesso ao refeitório, há um mural com todo o tipo de número do negócio -- receita, lucro estimado e alcançado em determinado período. Um curso que ensina a interpretar balanços faz parte do programa de treinamento. "Os funcionários devem ter condições de entender nossos números", diz Rudolph. Cerca de 70% dos funcionários, incluindo os terceirizados que cuidam da cozinha, já passaram pelas aulas.

Toda ordem de produção emitida estampa o lucro previsto. A informação percorre a linha de produção, da entrada da matéria-prima bruta à sua transformação em peças. A empresa passa por uma fase de crescimento acelerado. No ano passado, a receita foi de 39,8 milhões de reais -- mais que o triplo em quatro anos. "Os funcionários melhoraram muito o desempenho, pois agora tomam decisões baseadas em informações reais", diz Rudolph.

No dia-a-dia, não é fácil enxergar o caminho para a sustentabilidade, e os empresários que lideram os exemplos contidos nesta reportagem conviveram com muitas dúvidas sobre o que deveriam fazer. Estudos de cientistas e de institutos de economia freqüentemente chegam a conclusões diferentes, e é fácil ficar perdido no meio da discussão. Há mais perguntas do que respostas -- e deve ser assim por um bom tempo. Ninguém sabe dizer ao certo, por exemplo, o efeito no longo prazo do uso intensivo de novas fontes de energia, como o biodiesel ou a energia eólica, sobre o planeta. Alguns dizem que os combustíveis originados de plantas trariam riscos ambientais enormes devido à pouca biodiversidade de lavouras imensas voltadas para essa função.

Além disso, práticas consideradas sustentáveis podem ser questionadas depois que se disseminam. A agricultura orgânica, que movimenta 30 bilhões de dólares no mundo, cresceu a taxas de 25% ao ano com seus métodos contra agrotóxicos e fertilizantes, considerados ideais por muitos ambientalistas e profissionais de saúde. Recentemente, surgiram indícios de que a agricultura orgânica também não é sustentável -- justamente por não usar fertilizantes, a produtividade é baixa e o uso do solo mais intensivo. Segundo o agrônomo americano e prêmio Nobel Norman Borlaug, se toda a agricultura do mundo fosse convertida ao método orgânico, seria necessária uma área três vezes maior do que a usada na agricultura atual -- o que poderia acelerar a destruição ambiental que os defensores dos orgânicos afirmam querer evitar.

Há, finalmente, as incertezas trazidas por descobertas totalmente novas, como as da área de nanotecnologia. Se o sonho de robôs minúsculos limpando poeira das superfícies 24 horas por dia tornar-se uma realidade comercialmente viável, como se diz, que futuro terá uma empresa como a Dry Wash, que hoje está na vanguarda da sustentabilidade?

Para Homero Luis Santos, professor da Fundação Dom Cabral e consultor da Câmara Americana de Comércio para Assuntos de Cidadania Social, as pequenas e médias empresas deveriam lidar com as incertezas nesse campo da mesma forma como lidam com as outras que rondam seus negócios -- buscando melhorias, sempre. E, ao buscá-las, ter em mente que administrar danos faz parte do negócio. "Sustentabilidade é trazer para o centro das discussões estratégicas os problemas que a empresa estava acostumada a jogar para os outros", afirma Santos. Desse esforço, diz ele, as respostas vão aparecer.


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Alexandre Miguel de Andrade Souza

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http://www.vivaolinux.com.br/dicas/verDica.php?codigo=8962

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Alexandre Miguel de Andrade Souza

'Prédios verdes' ganham espaço na construção civil

Prédios verdes' ganham espaço na construção civil

 | 22.07.2007 | 14h34

 

Publicidade

Por Chiara Quintão

Agência Estado Os chamados "prédios verdes", com características que os enquadram como sustentáveis, começam a ganhar espaço na construção civil brasileira, e algumas empresas já pleiteiam uma certificação para esses edifícios junto a órgãos internacionais como o United States Green Building Council (USGBC). Na semana passada, o Banco Real recebeu a certificação internacional Leadership in Energy and Enviromental Design (Leed), do USGBC, para uma agência inaugurada em janeiro, em Cotia (SP), com características de construção ambientalmente correta.

Segundo o Banco Real, esta foi a primeira construção sustentável da América do Sul certificada conforme os critérios da Leed. Outros edifícios do Brasil aguardam certificação, caso do Eldorado Business Tower, empreendimento da Gafisa, e do Plaza Mayor Alto da Lapa, da Even Construtora e Incorporadora.

Na comparação com projetos tradicionais de agências do Banco Real, o modelo sustentável aproveita mais a luz natural e tem piso, portas e batentes de madeira certificada. "Durante a construção, mandamos os restos de argamassa para uma fábrica de tijolos, e compramos os tijolos dessa empresa", diz o superintendente de Engenharia e Arquitetura do Banco Real, Carlos Henrique Tonon. Segundo o executivo, todas as agências abertas depois da de Cotia foram produzidas conforme esse projeto.

A construção da primeira agência sustentável do Banco Real foi 30% mais cara que a média. "Boa parte foi o custo do aprendizado. Hoje, a diferença é de menos de 10%", conta Tonon. Isso deve-se, segundo o executivo, à falta de linha comercial de alguns insumos e ao número reduzido de fornecedores desses materiais. "O investimento vai se pagar ao longo do tempo, à medida que tivermos, por exemplo, um menor consumo de energia."

Estímulo

Recentemente, representantes do setor de construção civil constituíram o Conselho Brasileiro de Prédios Verdes (Green Building Council do Brasil) para estimular a produção de empreendimentos com baixo impacto ambiental. O Conselho Brasileiro de Prédios Verdes fará as adequações necessárias à certificação internacional Leed, do USGBC, para os prédios construídos no País e, futuramente, poderá certificar edifícios considerados sustentáveis.

O USGBC certifica empreendimentos com base em critérios como eficiência energética e construção em áreas previamente urbanizadas para evitar impactos ambientais, segundo o diretor de Engenharia e Consultoria em Sustentabilidade da Cushman & Wakefield, João Pacheco. No Brasil, a Cushman é uma das empresas que oferece consultoria para que uma edificação possa ser considerada um prédio verde pela norma Leed do USGBC.

Marketing

Para o professor do Departamento de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Vanderley John, tanto a certificação Leed quanto a francesa Haute Qualité Environnementale (HQE) são "sistemas ótimos, mas que não foram feitos para o Brasil". "A certificação tem um objetivo de marketing e não necessariamente eleva a sustentabilidade da construção civil brasileira", diz. Segundo John, as empresas podem produzir um edifício adequado ao sistema de certificação, mas manter o padrão tradicional nos demais.

Na avaliação do professor da Poli-USP, não basta que a construção seja considerada "verde" para ser sustentável. "Hoje há muitos produtos vendidos como verdes, mas existem telhas recicladas que não duram dois anos e depois viram resíduos. Se o produto tiver de ser substituído rapidamente não é sustentável."

Já o diretor técnico da Tecnisa, Fábio Villas Boas, lembra que alguns avanços do setor dependem ainda de ajustes na legislação. "Fala-se em reúso da água, mas a questão não está regulamentada", afirma Villas Boas. O executivo questiona quem fará o controle e como serão tratadas as tarifas se a água for reutilizada nos edifícios.



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Alexandre Miguel de Andrade Souza

Frases para um planeta renovado

Copiado de http://avi.alkalay.net/2007/07/frases-para-um-planeta-renovado.html


Viva com simplicidade para que outros possam simplesmente viver.


Adquira menos necessidades


Não há poder de mudança maior do que uma comunidade descobrindo o que importa para ela.
— Margaret Wheatley


DIGA ADEUS AOS ANOS DO CARBONO…
prepare-se para uma revolução na energia !!


Toda escolha é um voto para o mundo no qual você quer viver.


O caminho de menor resistência leva ao supermercado.
— Tom Philpott


Comida é a única coisa na experiência humana que pode ao mesmo tempo abrir nossos sentidos e consciência sobre nosso lugar no mundo.
— Alice Waters


Ache o caminho mais simples e curto entre o planeta, as mãos e a boca.
— Lanza Del Vasto


Comida é uma forma de memória profunda. Através dela [pessoas] são ligadas a sua paisagem nativa, ao seu solo, sua água, e suas árvores.
— Patricia Klindienst


Os jardins do mundo são uma única gigante democracia.
— Rudolf Borchardt


Quando dizemos orgânico, queremos dizer local. Queremos dizer saudável. Queremos dizer ser autêntico às ecologias das regiões. Queremos dizer mutuamente respeitoso entre cultivadores e consumidores. Queremos dizer justiça social e igualdade.
— Joan Dye Gussow


O melhor fertilizante são as pegadas do fazendeiro.


Vida simples, pensamento elevado.


Tudo está conectado.



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Alexandre Miguel de Andrade Souza

O ciclo do BSC no Serviço Público

A relação de causa e efeito do BSC no serviço público é um ciclo:

1. Clientes: identifica-se as necessidades e tendências da sociedade
2. Recursos: identifica-se os recursos financeiros e humanos disponíveis na organização
3. Processos: definem-se as metas e os processos de atendimento às necessidades dos clientes utilizando os recursos disponíveis.
4. Aprendizagem e Crescimento: define-se as novas competências a serem adquiridas para o alcance das metas

Proponho este ciclo como forma de implantação e utilização do BSC no Serviço Público.

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Alexandre Miguel de Andrade Souza

quinta-feira, julho 19, 2007

A pobreza da riqueza (recebi por email)

A pobreza da riqueza

Por Cristovam Buarque     

        "Em nenhum outro país os ricos demonstraram mais ostentação que no Brasil. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, seqüestrados ou mortos nos sinais de trânsito. Presenteiam belos carros a seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.

        Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam freqüentar, mas perdem o apetite diante da pobreza que ali por perto arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram. Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada a caminho de casa. Felizmente isso nem sempre acontece, mas certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa.

        Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro. E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: em insegurança e ineficiência. 

        No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas. Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo: para ficarem mais ricos têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente. 

        Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que no hotel onde se hospedarão serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros.

        Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha. Se tivesse percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria.

        A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados.

        Para poderem usar os seus caros automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres. Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas tem dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença. 

        Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. 

        Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez. 

        Mas isso é esperar demais. Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas".



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Alexandre Miguel de Andrade Souza

terça-feira, julho 17, 2007

Projeção Valor do Dólar no Final do Governo Lula

Considerando os valores do dólar no início do governo Lula, estimei os valores para o próximos quatro anos:

       
Data Cotação Oficial/Livre Banco Central
Compra Venda
03/01/03 R$ 3,47 R$ 3,47
05/01/04 R$ 2,86 R$ 2,86
03/01/05 R$ 2,67 R$ 2,67
03/01/06 R$ 2,35 R$ 2,35
03/01/07 R$ 2,14 R$ 2,14
03/01/08 R$ 1,93 R$ 1,93
03/01/09 R$ 1,53 R$ 1,53
03/01/10 R$ 1,24 R$ 1,24



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Alexandre Miguel de Andrade Souza